A idéia defendida pelo governador do Amazonas Omar Aziz, será levada, inicialmente, para uma discussão maior durante o Forum de Governadores da Amazônia que acontece em Belém (PA), a partir de segunda-feira (26).
“A curto prazo, não tem outra discussão acerca da preservação que não seja a remuneração do sequestro de carbono que as florestas do Amazonas e de toda a Amazônia fazem para o mundo. Por isso é que a remuneração da floresta em pé tem que existir. Nós temos que decidir isso agora, na Rio+ 20”, disse o governador . A ideia é que os Estados possam construir uma proposta em conjunto que irá resultar na Carta da Amazônia, a ser levada à conferência.
De acordo com o governador, quando se fala em sustentabilidade não está claro para todo mundo que não pode haver preservação sem a sustentabilidade, ou seja, sem o benefício às pessoas. “Se a pessoa não tem uma qualidade de vida boa, ela não pensa em preservar, ela pensa em sobreviver e aí vai usar de todos os meios que a floresta possa dar”.
Omar Aziz disse que há uma expectativa muito grande em relação ao pagamento de crédito de carbono, que até agora não saiu do papel. “Nós estamos ansiosos para que isso aconteça, mas com uma proposta clara nossa que é fazer com que as pessoas que protegem as florestas sejam beneficiadas com saúde, educação e uma qualidade de vida melhor”.
Segundo ele, a melhor forma de se fazer desenvolvimento sustentável na Amazônia é com investimento em tecnologia e conhecimento e isso depende de investimento grande, assim como o investimento em logística e infraestrutura.
Nesse sentido, ele defendeu a necessidade de propostas concretas em relação à preservação e desenvolvimento socioambiental. “Eu sou pragmático e acho que chegou o momento de nós definirmos o que nós queremos fazer para as pessoas que vivem na floresta. Desse ponto de vista, o que mais me interessa é saber o legado que pode ficar. É para isso que a gente luta. Para que empresários e a sociedade se mobilize nesse sentido”.
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