Amazonas reforça monitoramento contra avanço de pragas em plantações

Vistoria será feita pela Agência de Defesa Agropecuária e Florestal, órgão com previsão de ser criado ainda este ano.

Juçara Menezes - jornalismo@portalamazonia.com

Citricultura. Foto: Divulgação/Governo do RS.

MANAUS – A possibilidade de pragas de uma planta afetarem as palmeiras (principal tipo de árvore do Amazonas) cresce à medida do avanço da citricultura. Com o objetivo de evitar esta ameaça, a Comissão de Defesa Agropecuária Animal e Vegetal (Codesav) irá intensificar o monitoramento dos municípios produtores no interior do Estado a partir da criação de uma Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf) ainda este ano.
Os municípios de Rio Preto da Eva – considerado carro-chefe da produção -, Manaus, Iranduba, Manacapuru, Careiro da Várzea e o distrito de Novo Remanso (em Itacoatiara), estão entre os principais produtores de cítricos do Estado, entre eles a laranja. As localidades receberão mais atenção dos órgãos de vigilância agropecuária em situações que coloquem em risco a produção nas lavouras de pequenos e grandes produtores em atuação no interior do Estado.
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Segundo o diretor-presidente da Codesav, Sérgio Muniz, o perigo de contaminação está relacionado a própria produção ampliada das lavouras. Uma praga de um abacaxi, por exemplo, pode atingir um buritizal cultivado na mesma propriedade. Com a ação de defesa florestal, a Codesav pretende fazer o contingenciamento do local até a verificação da ausência do foco. A área afetada só poderá ser desinterditada com a solução dos problemas nas plantações.
O diretor-presidente da Codesav explica que o procedimento já é feito na parte animal, tanto entre os bovinos quanto equinos. Algumas doenças na agropecuária são de notificação obrigatória. Os exemplos na criação de bovinos são a tuberculose, bruculose e a raiva dos herbívoros. No caso dos equinos, há o mormo e a anemia infecciosa equinia – a Aids desta espécie.
“Isto será ampliado para a questão florestal quando for criada a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf), para substituir a Codesav. O objetivo é ampliar suas ações. O projeto já está na Casa Civil, deve passar pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e ser criada ainda este ano”, informou Muniz.

Sérgio Muniz, diretor presidente da Codesav. Foto: Wallace Abreu/Portal Amazônia.

Campanha contra Febre aftosa
A obrigatoriedade da notificação de casos de febre aftosa existe para evitar ao máximo a difusão de doenças em outros animais. A campanha deste ano contra o mal foi antecipada no Amazonas, com a chegada de 582.316 mil doses de vacina. “Quando aparece um caso de febre aftosa, por exemplo, é porque foi feito um serviço de verificação e monitoramento”, avaliou o diretor. A ação teve início na última quinta-feira (15), em Barreirinha (a 328 quilômetros de Manaus).
Na primeira etapa, a vacinação atingirá 41 municípios: Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamim Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Japurá, Jutaí, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tefé, Tonantins, Uarini, Urucará e Urucurituba.
Os demais municípios não sofreram alteração no calendário de vacinação, mantendo-se o período de maio a novembro. Segundo Muniz, Apuí e Boca do Acre, por exemplo, acompanham a vacinação de Estados fronteiriços como o Acre e Rondônia. Durante a campanha, os fiscais e médicos veterinários da Codesav irão visitar 11.325 propriedades em todo o Estado.