Pimenta de cheiro e feijão saindo bem mais caro agora do que vinham sendo vendidos antes da cheia
As intensas chuvas no Estado do Amazonas têm castigado a colheita de produtos regionais e alterado não somente a qualidade dos itens como também o valor de venda. Na Feira da Manaus Moderna é possível encontrar pimenta de cheiro e feijão verde custando bem mais que o dobro se comparado ao valor de venda no período de safra.
A pimenta de cheiro aparece como o item que mais sofreu reajuste nas últimas semanas. De acordo com o vendedor Maurício da Silva de R$ 1 o quilo o produto está sendo vendido a R$ 8. Já o feijão verde é o produto mais caro entre os produtos regionais. De R$ 5 o maço está sendo comercializado a R$ 20.
O vendedor de hortifruti Francisco da Silva explica que todos os produtos cultivados em área de várzea estão sendo reajustados e muitas das vezes chegam às bancas das feiras com qualidade inferior. Por enquanto, não se fala em escassez de nenhum dos produtos regionais. Entretanto, o comerciante de frutas Pedro Alves informa que o caju é um dos itens produzidos no Estado que desapareceu das bancas nas últimas semanas.
Couve
Outro produto em destaque é a couve. Em período de safra o maço chega a custar até R$ 0,10 e está sendo vendido por R$ 1. “Esse período é ruim para os produtores, vendedores e para nós que somos acostumados a levar à mesa os itens regionais. Eu não tenho condições de comprar, por exemplo, o maço do feijão verde”, disse a professora Carmem Lins.
Para os vendedores da Feira da Manaus Moderna, os valores dos produtos comercializados são aplicados como na “bolsa de valores” e constantemente estão oscilando. O comerciante Maurício da Silva disse que na semana passada, por exemplo, o quilo do maxixe chegou a custar R$ 8 ontem estava sendo vendido a R$ 5, e durante a safra custa R$ 3.
A expectativa para os próximos três meses é de chuva, o que deve prejudicar ainda mais a colheita de alguns produtos regionais, entre eles a macaxeira. Comerciantes que compravam o produto de Manacapuru e Anamã terão que comprá-lo de Estados vizinhos. Outra particularidade do período é que alguns itens têm o preço reduzido, é o caso do limão que vinha sendo comercializado a R$ 2, mas o quilo agora está na faixa de R$ 1.
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