terça-feira, 20 de março de 2012

Proibida exportação de pescado para Semana Santa


A expectativa do governo é evitar o aumento no preço de comercialização do peixe e garantir o abastecimento durante a Semana Santa.

 Portal Amazônia, com informações do Orm.
Foto: Portal Amazônia/arquivo
BELÉM- O Governo do Estado proibiu a saída do peixe in natura, resfriado e salgado em todo o Pará até o próximo dia 6 de abril. A proibição foi divulgada a partir de publicação de um decreto assinado pelo governador Simão Jatene no Diário Oficial do Estado, na última semana. A expectativa do governo é evitar o aumento no preço de comercialização do peixe e garantir o abastecimento durante a Semana Santa.
Mesmo com as mudanças, consumidores já reclamam da alta dos preços, verificada inclusive por uma pesquisa do Dieese no Pará (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconomicos). A justificativa dos peixeiros foi a entressafra das espécies mais consumidas pela população, como, por exemplo, a dourada, a pescada, o filhote, o tucunaré e a gó.
“É um absurdo que nós paraenses tenhamos que pagar tão caro por um produto que é retirado dos nossos rios e mares. Eu me sinto lesado com isso”, afirmou o morador do bairro do Marco, Luiz Ribeiro Filho. Para a dona de casa Kátia Gonçalves, a medida afeta tanto o comércio com a alimentação saudável das famílias paraenses.
“Todo mês vou ao mercado comprar pelo menos três quilos de peixes variados, mas agora, depois desses números, terei que economizar e levar no máximo dois quilos. Uma refeição que é considerada uma das mais saudáveis, infelizmente vai reduzir ou até mesmo deixar de entrar em nosso cardápio, pois com estes preços, se torna inviável adquirir o produto”, ressaltou.
O presidente do Sindicato dos Peixeiros do Ver-o-Peso, Fernando Souza, explicou que a intenção não é repassar o aumento para a população, mas não há alternativa no momento. “É ruim para nós e para a população. Esperamos que esse preço que está se mantenha, porque todos perdem com o aumento”, afirmou.
O decreto estadual prevê ainda uma força-tarefa para fiscalizar a saída do peixe, por meio da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq), com a Agência de Defesa Agropecuária do Pará, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal e a Marinha do Brasil.

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