Segundo Lalonde, sem uma lei mais rigorosa não será possível reduzir o desflorestamento da região
O coordenador da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o francês Brice Lalonde, alertou para a ausência de “lei mais firme” para impedir o desmatamento na Amazônia.
Segundo Lalonde, sem uma lei mais rigorosa não será possível reduzir o desflorestamento da região. Lalonde recorreu a uma fala antológica do ex-presidente dos Estados Unidos John Kennedy quando este se deparou com questionado sobre a proteção de seu país.
“Ele disse ‘não pensem o que os Estados Unidos podem fazer por vocês, mas o que vocês podem fazer pelos Estados Unidos’”. Ao citar Kennedy, Lalonde sugeriu que são as próprias populações locais que podem fazer algo e proteger a região. “A Amazônia é uma lenda. Todos querem ajudar”, comentou.
Durante a apresentação, ele fez uma intervenção de caráter mais abrangente e global na qual pontuou os temas que estarão na agenda principal da Rio+20: economia verde, erradicação da pobreza, energia sustentável, eficiência energética, tudo conjugado à proposta do desenvolvimento sustentável.
“Esperamos decidir o que vai acontecer em 20 anos. É importante que os países cheguem a um acordo. Precisamos de uma economia nova. Todos os países querem algo novo mas precisamos criar uma agenda. Os governos também precisam aprender a dialogar com os negócios”, salientou.
Questionado se é possível praticar desenvolvimento sustentável em um país onde se registra alto índices de corrupção, Brice Lalonde foi enfático: “Isso é impossível”.
A Rio+20 acontece ente os dias 20 e 22 de junho no Rio de Janeiro, por iniciativa da ONU. Uma semana antes acontece uma reunião do comitê preparatório, entre os dias 13 e 15. Além dos debates oficiais acontecem vários eventos paralelos.
Os temas chaves do debate são transição para uma economia vede e instrumentos de governança para desenvolvimento sustentável. Temas como biodiversidade e mudanças climáticas serão incluídos como assuntos transversais. Inquirido sobre estas ausências, sobretudo sobre mudanças climáticas, Lalonde disse que isto foi uma decisão da ONU.
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