sábado, 31 de março de 2012

Mocinhos e bandidos’ na mesa do amazônida



Os alimentos escolhidos corretamente podem ajudar a manter uma alimentação saudável e mais qualidade de vida.

 Wallace Abreu – jornalismo@portalamazonia.com
Foto: Wallace Abreu / Portal Amazônia
MANAUS – A correria do dia-a-dia impede a seleção correta dos alimentos. Falta tempo para tudo até mesmo para escolher produtos saudáveis para compor o cardápio. No mercado, tem vilão disfarçado de mocinho, prometendo mais praticidade. Tem também mocinho que acaba virando bandido dependendo da quantidade ingerida. Ainda há aqueles que possuem personalidade dúbia. Os alimentos bem que poderiam encenar uma novela mexicana, com aventuras e altas paradas cardiorrespiratórias nos espectadores.
A nutricionista Ana Ceregatti faz um alerta sobre os principais alimentos com riscos à Saúde e também os que podem curar ou ajudar no tratamento de doenças. O primeiro ponto destacado por ela é a preocupação na hora da escolha dos alimentos. “É necessário saber também a origem do produto que você está consumindo”, disse. Mas, segundo ela, não basta ter uma alimentação balanceada sem aliar a prática de atividades físicas. “Manter uma rotina com exercícios físicos e pelo menos quinze minutos diários de sol já é um passo muito importante para se ter uma vida saudável”, destacou Ceregatti.
Aliados da saúde e qualidade de vida
Um dos aliados da alimentação balanceada são os alimentos orgânicos. Os agricultores não usam produtos químicos na fertilização da terra preparada para a produção agrícola das frutas, legumes e hortaliças. A característica contribui para mais benefícios a saúde do consumidor. Além disso, a prática da produção de alimentos orgânicos agride menos o meio ambiente e a saúde humana, como destaca a economista Ciglia Regina de Almeida, ao programa Homem da Floresta, do Amazon Sat.
Em meio a tanto corre-corre, não sobra tempo para o preparo dos alimentos. O mercado alimentício oferece alimentos práticos e rápidos de cozinhar. Quando não, os consumidores recorrem às práticas e rápidas linhas de fast food. Porém, é preciso ficar atento. “Um grande vilão que está presente em quase todos os alimentos industrializados é o Glutamato Monossódico. Você deve ficar muito atento ao consumo desta substância. Ele está presente em todos aqueles caldos prontos, salgadinhos de pacotes e lasanhas. Esta é uma das substâncias que mais contribuem para o aumento da pressão arterial por conta do alto teor de sal encontrado”, alerta Ceregatti.
Foto: Wallace Abreu / Portal Amazônia
Falar que o sal, açúcares, farinhas brancas, gorduras, consumidos em grande quantidade, traz malefícios à Saúde parece não ser novidade, mas para quem já é adepto de uma alimentação mais saudável ao consumir produtos industrializados ditos “light” ou “diet”, a nutricionista alerta:
“Grande parte dos alimentos industrializados possui em sua composição a gordura trans, até mesmo aqueles biscoitos água e sal que muitos consomem em suas dietas. A gordura trans nada mais é que um óleo vegetal, geralmente feito do óleo de soja, que é processado e transformando em uma gordura mais pastosa, que dá crocância ou consistência à alguns desses alimentos industrializados. Mesmo que a embalagem diga que este alimento possui 0% de gordura trans, é preciso ter cuidado com seu consumo pois a legislação permite que até 2g de gordura trans por porção, o fabricante pode declarar que é zero. Então de pouquinho em pouquinho você está consumindo esta gordura sem saber”, afirmou Ceregatti.
Foto: Wallace Abreu / Portal Amazônia
Adicione cor ao cardápio do dia
Quanto mais colorido é um vegetal, mas alto é o teor de antioxidantes presentes nele. Antioxidantes são um conjunto de substâncias formado por vitaminas, minerais e pigmentos naturais existentes em vários legumes, verduras, frutas e carnes. Castanhas, cereais integrais, frutas vermelhas, tomate, cenoura, abóbora, pimentão, acerola, carnes brancas, vermelhas, mariscos e crustáceos, pimentão, entre tantos outros devem ser consumidos diariamente.


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sexta-feira, 30 de março de 2012

Região do Alto Solimões ultrapassa marca da 2ª maior cheia da história


Três bairros de Tabatinga já foram invadidos pela cheia do Solimões.
Maior cheia da história foi registrada no ano de 1999.

Do G1 AM
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Cheia na região do Alto Solimões afeta ribeirinhos de Juruá e Purus, no AM (Foto: Ministério da Integração/Divulgação)Cheia na região do Alto Solimões afeta ribeirinhos do Juruá e Purus (Foto: Ministério da Integração/Divulgação)
A região do Alto Solimões já registra a segunda maior cheia da história. Na manhã desta sexta-feira (30), o nível do rio alcançou o nível de 13,1 metros. De acordo com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), a marca é três centímetros acima do nível máximo registrado na enchente de 2009.
A Defesa Civil informou que três bairros localizados na sede do município já foram invadidos pela cheia do Solimões. No bairro Guadalupe são 81 famílias atingidas pela enchente. Muitas delas já abandonaram as casas alagadas.
A secretária municipal de Defesa Civil, Djavan Sabino, afirmou que já solicitou madeiras da prefeitura municipal, mas ainda não há previsão de quando o material será entregue às famílias.

Aulas suspensas
Segundo a Defesa Civil, 24 comunidades rurais de Tabatinga, a 573 km de Manaus, terão as aulas paralisadas a partir do 2 de abril por causa cheia. De acordo com o secretário municipal de Educação, Valdiney dos Santos, a decisão segue orientação da Defesa Civil do município para garantir a segurança de cerca de três mil alunos.
A maior cheia da história foi registrada no ano de 1999 quando o Solimões alcançou o nível de 13 metros e 82 centímetros.

Ajuda federal
O governador do Amazonas, Omar Aziz, assinou na manhã desta sexta-feira (30), com o Governo Federal, convênios que vão garantir o repasse de cerca de R$ 82 milhões para ações integradas de auxílio às famílias atingidas pelas enchentes no Estado. Os recursos foram anunciados durante cerimônia na sede do Governo do Estado, na presença do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

Comunidade em Tapauá, AM, tem 80% das casas alagadas pela cheia


30/03/2012 11h15 - Atualizado em 30/03/2012 11h18

Agricultora diz que já teve prejuízos com a criação de porcos e galinhas.

Comunidades Foz de Tapauá é a mais afetada, diz Defesa Civil.

Do G1 AM
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Moradores das comunidades do município de Tapauá, a 448,5 km de Manaus, sofrem com a cheia do rio Purus. De acordo com a Defesa Civil, 80% das casas da comunidade Foz de Tapauá estão com o assoalho dentro da água. A área possui 1500 habitantes.

Em boa parte do município, marombas improvisadas por cima dos assoalhos são insuficientes para evitar os prejuízos causados pela enchente. Postos de saúde, escolas e comércios estão fechados devido à cheia.

Os animais também sofrem com nível das águas. Rebanho de gado estão ilhados, segundo moradores. A agricultora Benedita Souza diz que já teve prejuízos com a criação de porcos e galinhas.

O técnico da Defesa Civil, Ulissis Gonçalves, informou que o órgão está fazendo um levantamento junto ao Governo Federal para providenciar ajuda às famílias atingidas pela cheia em Tapauá.

Ciclo de debates sobre a Rio+20 aborda o tema economia da sustentabilidade

Economia da sustentabilidade é o próximo tema do ciclo de debates que a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) vem realizando como preparação para a Conferência Ambiental Rio + 20. 

Em reunião que acontece na próxima terça-feira (3), os senadores vão discutir um conceito que remete ao uso racional das riquezas e ao respeito aos fatores socioambientais.

Dessa forma, os arranjos produtivos devem levar em consideração a preservação dos ativos ambientais, garantindo a continuidade dos naturais e a sobrevivência das gerações futuras.

O termo foi adotado, em 1987, pela Organização das Nações Unidas que definiu o desenvolvimento sustentável como o que permite às pessoas, agora e no futuro, “um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais”.

No Brasil, o primeiro a usar o termo foi o ambientalista Paulo Nogueira Neto, que foi secretário especial do meio ambiente nos anos 70.

Omar assina convênio de R$ 82 milhões com Governo Federal


Os recursos foram anunciados durante cerimônia na sede do Governo do Estado, na presença do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
[ i ]Governador Omar Aziz assinou convênio com o Governo Federal na manhã desta sexta (30).
Manaus - O governador do Amazonas, Omar Aziz, assinou na manhã desta sexta-feira, 30 de março, com o Governo Federal, convênios que vão garantir o repasse de cerca de R$ 82 milhões para ações integradas de auxílio às famílias atingidas pelas enchentes no Estado e para o programa "Água para Todos no Amazonas".
Os recursos foram anunciados durante cerimônia na sede do Governo do Estado, na presença do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. 
Para as ações de socorro aos municípios atingidos pelas cheias dos rios, cuja previsão já aponta para uma das maiores da história, foram assinados um termo de compromisso que prevê repasse de R$ 30 milhões para ações de contenção de encostas nos municípios afetados pela erosão durante a subida das águas, além do convênio de R$ 8 milhões que serão usados pelo Governo do Estado para emissão do Cartão Solidariedade. Através do cartão, o Governo do Estado vai destinar R$ 400 para cada uma das famílias em situação de risco.
Os R$ 8 milhões irão somar-se a outros R$ 6 milhões destinados pelo Governo do Estado para a emissão de cartões e outras ações de auxílio imediato às famílias atingidas pelas cheias.
“Estamos muito gratos à presidenta Dilma Rousseff e ao ministro que atenderam ao nosso apelo para que possamos ajudar as famílias que estão precisando de solidariedade nesse momento”, disse o governador. Segundo ele, a entrega dos cartões inicia na próxima semana pela região do Purus. O município de Boca do Acre será o primeiro a ser beneficiado. 
O outro convênio, no valor R$ 44 milhões, é para o programa de acesso à água potável, sendo R$ 40 milhões com recursos federais e R$ 4 milhões de contrapartida estadual.
O programa será executado no Amazonas por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) e vai beneficiar 10.560 famílias de 15 municípios. O Amazonas é o primeiro estado fora do semiárido nordestino a ser incluído no programa federal.
De acordo com o ministro, serão construídos sistemas individuais e coletivos de coleta de água, além da perfuração de poços artesianos para atender as famílias do interior que sofrem com a falta de água no período da vazante dos rios.
“Estamos agindo em duas frentes. No caso das cheias, o Governo Federal acompanha de perto a situação no Amazonas e esta ajuda será importante para a compra imediata de alimentos, remédios, colchões e outros produtos para atender as famílias que tiveram as casas alagadas”, afirmou o ministro, após sobrevoar, na companhia do governador Omar Aziz e do senador Eduardo Braga,  áreas dos municípios de Careiro da Várzea e Manaquiri, próximos a Manaus, que começam a sofrer com os efeitos da enchente.
Segundo a Defesa Civil do Amazonas, 19 municípios já estão em situação de emergência no Estado e 27.599 famílias já sofrem com efeitos das alagações. 
Até o final do período de cheia dos rios, previsto para junho, a expectativa é de que cerca de 30 municípios entrem em situação de emergência.
Plano de Ação
Sob a coordenação do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec), o Governo do Amazonas elaborou um Plano Estadual de Contingência para a Cheia 2012.
A previsão da Defesa Civil do Estado é que a cheia deverá afetar cerca de 286 mil pessoas. Conforme o balanço, Manaus deve ter o maior número de afetados, aproximadamente 26 mil pessoas. 
Segundo o secretário Estadual de Defesa Civil, tenente-coronel Roberto Rocha, o plano de ações emergenciais para enfrentamento da enchente elaborado pelo Governo do Estado tem capacidade para atender até 40 municípios. 
Além do Cartão Solidariedade, o Governo do Estado anunciou a liberação de R$ 700 mil para atender municípios da calha do Rio Juruá. Os recursos são para aquisição de estoque de mais de 40 tipos de medicamentos da atenção básica para distribuição gratuita e compra de combustível para utilização nas ações de remoção das famílias das áreas atingidas pela cheia.
Ao todo, o Governo já destinou a essas regiões cerca de 100 toneladas de ajuda humanitária com cestas básicas, kits de limpeza e de higiene pessoal, medicamentos e kits dormitório.
Água para Todos 
Seguindo a diretriz do Decreto 7.535, de 26 de junho de 2011, que institui o Plano Brasil Sem Miséria, o projeto “Água para Todos no Estado do Amazonas” tem por objetivo promover o acesso à água a famílias rurais do Amazonas, que vivem em condições de vulnerabilidade social e/ou áreas sujeitas ao isolamento durante o período da seca. Está incluída no projeto a busca ativa de famílias que vivem com renda per capita mensal de até R$ 70,00, visando sua inclusão em serviços públicos.  
As ações serão executadas nas calhas dos rios Purus, Solimões, Negro e Amazonas, beneficiando cerca de 52.800 moradores, distribuídos nos municípios de Beruri, Tapauá, Canutama, Lábrea, Pauini, Anamã, Anori, Caapiranga, Manacapuru, Manaquiri, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, Careiro da Várzea e Itacoatiara.
Serão de 8.418 sistemas de abastecimento de água, sendo 8.320 sistemas de captação e armazenamento de água da chuva (8.000 domiciliares e 320 coletivos, com substituição de 1.600 telhados de palha); e 98 sistemas de abastecimento de água subterrânea, dos quais 78 serão com torneiras públicas e 20 com ligação domiciliar. Todos os sistemas serão implantados em 2012, beneficiando 10.560 famílias. 
Os critérios de elegibilidade levaram em conta os municípios com maiores índices de vulnerabilidade social do cadastro do Ministério do Desenvolvimento Social (IBGE, 2010), e municípios que historicamente apresentam registros de isolamento nas grandes secas.
Ciente desse grave problema, o Governo do Amazonas vem desenvolvendo estratégias especialmente voltadas para garantir o acesso à água potável às famílias rurais que vivem em situação de pobreza e que ficam isoladas durante esse período.