O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acenou com a possibilidade de liberar R$ 13 milhões para projetos voltados para as populações tradicionais do Amazonas, além de atividades extrativistas como castanha e borracha.
Os analistas estiveram reunidos durante dois dias com servidores da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), da Secretaria Indígena do Amazonas (Seind) e técnicos do IDAM, em Manaus, para conhecer diversas ações voltadas a atividades produtivas sustentáveis em áreas de produtores extrativistas do Amazonas.
O recurso deverá ser investido nos programas de Agricultura Indígena, no qual técnicos agrícolas indígenas ensinam técnicas de cultivo a comunidades indígenas a fim de incentivar a produção de alimentos entre as tribos; e na produção extrativista. A verba do BNDES será usada principalmente no escoamento da produção, na recuperação dos ramais e vicinais, na aquisição de barcos para o transporte da borracha e da castanha e no incentivo da comercialização de produtos com a construção de Feiras de Produtos da Agricultura familiar.
O projeto vai agora passar por ajustes e detalhamento e depois será feito um relatório para que a direção do BNDES decida sobre o apoio. “Essa reunião deverá resultar em uma grande parceria entre o BNDES e a Sepror para beneficiar, especialmente, os extrativistas da castanha e da borracha que terão uma elevação em seus rendimentos”, explicou o secretário Eron Bezerra.
No segundo dia de encontro, terça-feira, no auditório da Casa da Ciência, no INPA, os avaliadores do BNDES se aprofundaram nas principais ações do Governo do Amazonas, entre elas o fortalecimento da cadeia produtiva da borracha e da castanha no Estado. De acordo com o secretário Eron o principal gargalo do setor agrícola é o escoamento dessas produções e a parceria atuaria principalmente aí.
Nesta quarta-feira a comitiva do Banco seguiu para o interior do Amazonas para conhecer in loco o programa de agricultura indígena e os projetos da Sepror nas áreas de extrativismo da borracha e da castanha. A intenção é sensibilizar os analistas quanto às dificuldades enfrentadas pelo trabalhador do campo.
Durante dois dias a comitiva irá visitar áreas de atividades produtivas sustentáveis em comunidades indígenas e outras atividades realizadas pela Sepror. O gerente de atividades produtivas sustentáveis e áreas protegidas do Fundo Amazônia, Guilherme Acioly, disse que a parceria está prestes a ser concluída. “O projeto já foi enquadrado, o que é um primeiro sinal de que vale a pena investir tempo e dinheiro no projeto”, completou Guilherme.
Nenhum comentário:
Postar um comentário