quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Amazonas lança o seu bacalhau tropical

Ele é grande, gorduroso, tem a carne escura e só nada nas águas mornas dos trópicos Mas graças a uma iniciativa público-privada inédita, o pirarucu, um dos maiores peixes da Amazônia, chegará este ano à mesa dos brasileiros de outra forma: como bacalhau.

Essa, pelo menos, é a expectativa da comunidade ribeirinha da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, responsável pela pesca controlada, do governo do Amazonas, que bancou o projeto, e do Grupo Pão de Açúcar, que terá exclusividade para a distribuição do produto no país.

O processo de produção já está em andamento. Por meio de um investimento de R$ 1,5 milhão, divididos entre o Estado e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), uma fábrica para a salga do pirarucu foi montada dentro da reserva, com capacidade de processamento de 1,5 mil toneladas de peixe por ano. Batizada de Agroindústria de Maraã, a planta foi entregue em agosto, emprega 80 operários locais e recebe peixes de exatos 1.001 pescadores. É um número nada desprezível no universo de oito mil habitantes em Mamirauá. E pode representar não só uma guinada na renda dessa parcela da população como dar sentido econômico para a preservação de uma área altamente biodiversa da Amazônia.

Pirarucu seco, o bacalhau amazônico

“Esse projeto corresponde a uma política de sustentabilidade real e não ficcional”, diz Eron Bezerra, da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e entusiasta do projeto. “É um passo importante para a verticalização da produção regional do Amazonas – ainda muito dependente da Zona Franca de Manaus. Fizemos a primeira fábrica de bacalhau da América do Sul. É uma experiência distinta de tudo o que se fez até hoje. Não podemos errar”.

Mas pirarucu pode ser vendido como bacalhau? “Não existe um peixe chamado bacalhau. Ele é o resultado de uma metodologia de processamento de salga”, explica a veterinária Meg Felippe, especialista no assunto dentro do Pão de Açúcar. A literatura mostra que tradicionalmente cinco espécies são “transformadas” para esse fim (ver gráfico). São peixes de águas profundas e frias – por isso os mais famosos exemplares saem da Noruega e de Portugal.

Entendedores dizem ser possível distinguir uma espécie de outra até na bandeja – filés mais carnudos, mais ou menos escuros, fibrosos. O pirarucu, assim, viria para engrossar esse caldo. “É uma tentativa de tropicalização do bacalhau”, afirma Meg.
“A nossa primeira meta é vender para o Pão de Açúcar. A segunda é vender aos noruegueses”, diz, provocativo, Bezerra.

No ano passado, o pirarucu foi processado e distribuído, sob a marca “Bacalhau da Amazônia”, apenas para o mercado local. Chegaram à fábrica 5.865 peixes – cerca de 130 toneladas. Por serem manejados, o Ibama fica responsável pela determinação de uma cota anual de pesca, que se baseia na evolução da população de pirarucus. Só é permitido retirar 30% dos adultos contados no levantamento feito todos os anos de estoque de peixes, para que não se corra o risco de sobrepesca. É considerado adulto exemplares com no mínimo 1,5 metro.

A prova de fogo será nesta Páscoa, quando o primeiro bacalhau brasileiro será direcionado para os mercados consumidores do Sul e Sudeste. A princípio, o mesmo volume de peixe de 2011 está sendo considerado para este ano.

“É um projeto de sustentabilidade fascinante”, diz Paulo Pompilho, diretor de Relações Institucionais do Pão de Açúcar. Nos últimos meses, o executivo viajou diversas vezes à Mamirauá para acertar detalhes do negócio e orientar à comunidade sobre como atingir os padrões de qualidade exigidos pelo grupo. Ele conta que a salga do pirarucu ocorre há muito tempo. Por tradição, quando o peixe começava a estragar, os ribeirinhos o salgavam para estender o prazo de consumo da carne. “O desafio foi fazer entender que o processo de salga deveria ser o contrário, com o peixe fresco”. A expectativa do Pão de Açúcar – que vende mais de cinco mil toneladas de bacalhau importado a cada ano – é que o bacalhau amazonense abocanhe pelo menos 5% desse mercado.

A pesca representa 65% da renda dessas comunidades. O elo dessa cadeia que começa com o manejo correto e passa pela fábrica local, se estende pela garantia de compra total do produto pelo governo do Amazonas e encerra com a garantia de compra e distribuição do Pão de Açúcar. A Sepror subiu o pagamento do quilo de pirarucu, vendido antes a R$ 3,50, para R$ 5,50. De acordo com Bezerra, o lucro da venda para o grupo varejista será integralmente revertido para Mamirauá.

Para 2012, uma segunda fábrica de processamento de bacalhau está prevista no município de Fonte Boa, também dentro da reserva, o que deve elevar a capacidade instalada total para 5 mil toneladas de bacalhau por ano.

Ana Cláudia Torres, técnica em manejo de pesca do Instituto Mamirauá, acredita que o atrativo dessas iniciativas é também uma oportunidade de provocar a migração para a legalidade nesse mercado. O pirarucu é uma presa relativamente fácil porque se locomove pouco e sobe à superfície para respirar, tirando praticamente todo o dorso para fora da água. Ela estima que ao menos quatro toneladas vendidas por mês são resultado de pesca ilegal.

O manejo do pirarucu é feito entre outubro e novembro. De 1º de dezembro a 31 de maio é decretado o período de defeso, e os meses restantes são de espera do aval do Ibama. Por esse motivo, o governo estadual já estuda criar novos projetos para dar sustentação à fábrica. “Já que não temos matéria-prima para todo o ano, vamos processar outros tipos de peixes de menor valor agregado”, afirma Bezerra. Entre as possibilidades estão o surubim, o pintado, o jaraqui e o piramutaba, todos típicos exemplares da região.

Por Bettina Barros / Valor Econômico

Amazonas dá prazo até dezembro para entregar obras de 15 portos no interior Omar admitiu haver questões técnicas, de projeto executivo e condições climáticas para impedir o andamento das obras.


rtalamazonia@redeamazonica.com.br
Foto: Juçara Menezes/Portal Amazônia
MANAUS – Quinze portos em menos de 12 meses. A meta, anunciada na manhã desta quarta-feira (25) pelo governador do Amazonas, Omar Aziz, é entregar até dezembro todos os terminais hidroviários atualmente em obras no Estado. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa no Estaleiro Rio Negro (Erin), onde é montado o Porto de Codajás, denunciado por ser, supostamente, uma obra fantasma.
Em entrevista à imprensa, Omar admitiu haver questões técnicas e de projeto executivo, além das condições climáticas, para impedir o andamento das obras. “Não há como fazer terraplanagem agora, pois seria irresponsabilidade. É o mesmo que tentar fazer uma calçada; o cimento não vai secar”, exemplificou. Ainda assim, o governador declarou que nenhum desses fatores atrasariam as obras.
Foto: Juçara Menezes/Portal Amazônia
Para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a causa para o atraso dos portos deve-se, principalmente, aos problemas na prestação de contas. De acordo com a Assessoria do órgão, foram constatadas diferenças entre os contratos e as etapas entregues nos portos. Além disso, o Estado teria recebido R$ 200 milhões dos R$ 261 milhões destinados às obras, mas o Governo do Estado apresentou contas somente no valor de R$ 41 milhões.
Sobre a denúncia referente ao porto de Codajás não haver saído do papel, o Ministério dos Transportes emitiu nota onde declara que cobra soluções para o término das obras no interior. A pasta declarou ainda que o problema nos atrasos da entrega desses terminais “vem se arrastando desde 2005″, causados por problemas de execução por parte da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
Questionado sobre a possibilidade de perder a administração dos portos, o governador declarou desacreditar na medida. “Para nós seria ótimo, mas é impossível. Pode até começar pelo Porto da Ceasa”, ironizou.

Amazonas detém maior reserva de potássio do Brasil Os depósitos amazonenses estão localizados a cerca de mil metros de profundidade e pode ser um dos maiores do mundo.


 Portal Amazônia, com informações da Assessoria
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação/Governo do Sergipe
MANAUS - O Brasil importa atualmente mais 91% de todo o potássio que consome – um dos ingredientes do fertilizante agrícola (NPK). Esse cenário, no entanto, deve mudar logo em breve. Isso porque o Amazonas detém a maior reserva do País, com depósitos que ultrapassam a marca de um bilhão de toneladas.
Os depósitos de potássio do Amazonas estão localizados a cerca de mil metros de profundidade e pode ser um dos maiores do mundo. Em Autazes, as reservas estão posicionadas a apenas 850 metros de profundidade, e apresentam teores de potássio superiores a 40%, enquanto os já conhecidos variam entre 18% a 30%.
Atualmente, Sergipe é o único Estado do país que explora potássio, com produção de 650 mil toneladas por ano, com atividades previstas para mais oito anos. Já para o Amazonas, a previsão é de uma capacidade da reserva é de cerca de 300 milhões de toneladas de sais de potássio anuais.
A Empresa Potássio do Brasil já investiu nos projetos de Autazes e Itapiranga mais de 150 milhões de dólares desde 2009. Se confirmadas as novas reservas, a companhia estima trabalhar com o desenvolvimento de uma mina que produza anualmente 2 milhões de toneladas de potássio, com investimentos que podem alcançar 4,5 bilhões de dólares.
Nesta quinta-feira (25), a Secretaria de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH) anunciou que vai realizar uma visita às áreas de pesquisa das reservas de potássio no município de Autazes. De acordo com a pasta, será realizada uma audiência pública, junto à Prefeitura do município, para atualizar a população sobre as atividades da exploração do minério e discutir o projeto no âmbito do desenvolvimento regional e das demandas do setor primário do Amazonas.
Hoje, a maior parte da importação do potássio vem do Canadá e da Rússia.

Ipaam apreende 100 metros cúbicos de madeira ilegal em estrada de Manacapuru


Madeira apreendida pelo Ipaam nesta semana, na divisa de Manacapuru com Novo Airão
Madeira apreendida pelo Ipaam nesta semana, na divisa de Manacapuru com Novo Airão (Divulgação/Ipaam)
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) apreendeu nos últimos dias 23 e 24 aproximadamente 100 metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente do ramal próximo ao km 62 na AM-352, divisa de Manacapuru com Novo Airão, na região metropolitana de Manaus. A apreensão foi divulgada nesta quinta-feira (26) pela assessoria de imprensa do Ipaam.
De acordo com o Grupo Estratégico de Combate a Crimes Ambientais (Gecam/Ipaam) os infratores, que aguardavam anoitecer para efetuar o transporte, foram flagranteados e tiveram a carga apreendida.
O Gecam encontrou no dia 23 no KM- 38 um caminhão caçamba conduzindo 7,6 metros cúbicos de madeira serrada em pranchas de várias bitolas sem o Documento de Origem Florestal (DOF). A mercadoria e o veículo foram apreendidos e encaminhados para o Ipaam. 
No dia 24, o Gecam localizou, novamente no KM-38, 11,5 metros cúbicos de madeira em pranchas que estavam destinadas para embarque clandestino, os ilícitos foram apreendidos.
De acordo com o gerente da Gecaml, Júlio Cesar Lemos, o trabalho de fiscalização seguiu até o KM-83 da mesma rodovia, onde confiscou 21 metros cúbicos de madeira em pranchas no veiculo de grande porte.
Os produtos foram enviados para Secretaria de Infraestrutura do Município de Novo Airão que ficará como fiel depositário.
 Os infratores foram multados em R$2.280 por transporte de madeira ilegal e R$2.280 pela comercialização. O IPAAM atende denúncias ambientais pela Linha Verde (92) 2123 – 6761 ou
Plano  
O Plano de Monitoramento e Controle Ambiental do Ipaam trabalha numa linha de processo de investigação in loco nas áreas dos municípios da margem direita do Rio Negro - Iranduba, Manacapuru e Novo Airão – e iniciou junto com o impacto direto da travessia pela Ponte do Rio Negro.
O foco de Controle compreende a exploração e o transporte ilegal de madeira, o desmatamento ilegal, as queimadas, a ocupação irregular do solo rural e solo urbano, as atividades minerarias ilegais, mas serão combatidas todas as demais formas de crimes ambientais que possam ser evidenciadas nas ações de fiscalização.
ACRITICA.COM

domingo, 22 de janeiro de 2012

Prefeito de Manacapuru quer resgatar dignidade do interior


Prefeito de Manacapuru quer resgatar dignidade do interior

O prefeito de Manacapuru, Edson Bessa, protagonizou uma das mais acirradas disputas eleitorais do interior do Amazonas.

Prefeito de Manacapuru, Edson Bessa
Prefeito de Manacapuru, Edson Bessa (Ney Mendes)
 Cassado por abuso do poder econômico há 20 meses pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM). O prefeito recebeu A CRÍTICA no seu gabinete. Na entrevista, o prefeito falou sobre os projetos que tem para a cidade, e disse que vai conseguir provar à Justiça que não interferiu ilegalmente nos resultados das eleições de 2008. A seguir trechos da entrevista.
O que o senhor fez nesses dias como prefeito?
 Nós estamos numa fase de transição. O que temos até agora são relatórios parciais. Mas já tenho informações que há atrasos de pagamentos de trabalhadores, como garis e pessoas que fazem o transporte escolar.
A administração anterior lhe passou todos os documentos necessários para executar esse trabalho?
Li a entrevista do vice-prefeito (de Ângelus Figueira, Messias Furtado, publicada em A CRÍTICA, na edição do dia 5 último) dizendo que entregou todos os documentos, coisa que eles não receberam da minha parte quando fui cassado. Pelo relatório que eu recebi da comissão de transição, não tem documento. Apenas relação de imóveis da Prefeitura. Mas espero com prudência a conclusão do trabalho.
Quais os desafios do Município de Manacapuru?
Resgatarmos a dignidade do interior é um deles. Na Zona Rural do nosso município, os produtores deixaram de ter apoio. Outro é superar a falta de energia, até hoje enfrentamos racionamento. E garantir a extensão dos incentivos fiscais da Zona Franca para a cidade.
 O senhor vai concorrer à reeleição?
 Essa é uma discussão pra frente. Acho que é muito cedo. Temos que cuidar de administrar a cidade. Resolver os problemas que Manacapuru tem. A discussão da candidatura que o nosso grupo vai apresentar será no momento das convenções partidárias, a partir de junho.
 O senhor vai conseguir provar ao TSE que não comprou votos nas eleições de 2008?
Eu não comprei votos. Se você pegar o julgamento da 1ª instância, onde nós vencemos. Pegar a decisão do juiz, ele comprova que não houve abuso do poder econômico, que não houve compra de voto. Sou acusado por uma das testemunhas de grampear R$ 100 num santinho e botar no bolso dele e pedir voto. Eu primo pela legalidade, para respeitar a legislação. Essa pessoa, durante a campanha, sequer eu lembro de tê-la visto.
 Nesse mesmo processo, o senhor é acusado de omitir gastos da sua prestação de contas. Isso ocorreu?
A minha prestação de contas foi aprovada pela Corte do TRE-AM. O Ministério Público Eleitoral recorreu, e, no TSE, eu tive minhas contas aprovadas. Então, é mais uma tese que, do ponto de vista da Justiça, está transitada e julgada.
Quem são essas pessoas que estão na sede da prefeitura? São seus eleitores?
 São correligionários. Estou nesse primeiro momento conversando internamente. Nomeei os secretários. Depois vem as nomeações de 2º e 3º escalões de governo para que a máquina comece a fluir. Mas aí fora tem simpatizantes, fornecedores e colaboradores.
O senhor tem o apoio de quantos vereadores?
Cinco, de um total de dez. Esse apoio era maior quando o senhor foi eleito? Sim, eu tinha apoio de oito vereadores, àquela época.
 Por que mudou?
 Não sei. Pergunte pra eles. Não esperaram nem meu corpo esfriar na pedra.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

MPF recomenda continuidade de obras do Prosamim em Manacapuru no AM

Portal Amazônia, com informações da assessoria
Prosamim, bairro Cachoeirinha em Manaus. Foto: Layana Franco/Portal Amazônia
Prosamim, bairro Cachoeirinha em Manaus. Foto: Layana Franco/Portal Amazônia
MANAUS - O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) encaminhou ofício à Prefeitura de Manacapuru recomendando a retomada da execução do contrato de repasse do Ministério das Cidades para projeto de urbanização, regularização e integração de assentamentos precários na cidade, projeto habitacional popularmente conhecido como ‘Prosamim de Manacapuru’ e que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
A Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pelo repasse das verbas federais, suspendeu a execução do contrato em 2010 após a liberação de R$ 4,5 milhões, ao identificar que uma parcela de R$ 1.038.891,85, não foi executada.
As famílias que habitavam a área abrangida pelo projeto foram transferidas para outros locais com a promessa de retornarem para os apartamentos que seriam construídos com os recursos federais. O pagamento dos aluguéis dos imóveis onde as famílias habitariam provisoriamente até a conclusão das obras seria custeado pela Prefeitura de Manacapuru, mas vinha sofrendo atrasos e gerando insegurança social.
Em reunião realizada pelo MPF/AM no dia 25 de novembro do ano passado, a CEF e o Município de Manacapuru concordaram em firmar a repactuação do contrato para garantir a continuidade das obras e a construção da moradia para as famílias.
Mudança na prefeitura
No início deste mês, a Justiça Eleitoral determinou o retorno à Prefeitura de Manacapuru de Edson Bessa, que teve o mandato cassado em 2010 por captação ilícita de recursos, compra de votos e abuso de poder econômico.
Com o objetivo de garantir a continuidade do projeto, o MPF/AM encaminhou, na última semana, um ofício ao atual prefeito recomendando que prossiga nas tratativas junto à CEF para retomar a execução do contrato, medida necessária para evitar a perpetuação do desperdício de recursos públicos, já que a obra foi iniciada mas não concluída, e também para o atendimento do direito à moradia de diversas famílias.
O documento fixa prazo de dez dias para para que a Prefeitura de Manacapuru informe ao MPF/AM sobre o acolhimento da recomendação e as providências adotadas.

Mais uma apreensão de madeira ilegal pelo Batalhão Ambiental nesse domingo (15)

A madeira foi encaminhada para a base do Batalhão no porto do São Raimundo
A madeira foi encaminhada para a base do Batalhão no porto do São Raimundo (MARCELO CADILHE)
Mais 100 metros cúbicos de madeira ilegal foram apreendidos pelo Batalhão de Polícia Ambiental na noite deste domingo (15). durante a operação Boina Verde que teve início na última sexta-feira(13). A madeira vinha do baixo Amazonas, e estava sendo transportada pela  balsa D. Maria e o  empurrador ‘Capivara’. A embarcação vinha do município de Novo Aripuanã e trazia madeira. A quantidade total da madeira apreendida ainda estava sendo medida na manhã desta segunda-feira(16), na base do Batalhão Ambiental em Manaus.
De acordo com o sargento Natanael Freire, comandante da Operação Boina Verde, os policiais fizeram a abordagem da balsa e solicitaram do encarregado pelo transporte o Documento de Origem Florestal(DOF). O homem apresentou uma declaração da Secretaria de Meio Ambiente do município que informava que a madeira seria de aproveitamento.  O documento tem data de 19 de maio de 2011. Segundo o comandante da operação, a declaração não tem validade sem o DOF. " Além disso, conta o sargento, não é de competência da Secretaria de Meio Ambiente liberar madeira".
A balsa, o empurrador e a madeira foram apreendidos. O responsável pelo transporte do material, Antônio Palheta de Assis e o dono da madeira, Arimar Oliveira da Silva, foram ouvidos na Delegacia do Meio Ambiente.  O dono da madeira alegou que ela teria sido comprada em duas serrarias como madeira de aproveitamento.
Outra apreensão
A primeira apreensão do dia aconteceu na manhã deste domingo, onde 20 metros cúbicos de madeira foram encontrados na embarcação Sérgio Neto I.

Programação vai comemorar 80 anos de igreja adventista no Brasil

No Amazonas, a Igreja Adventista da Promessa(Iapro) recebe o nome de " Convenção Amazônica" e tem 48 templos distribuídos em todo o Estado
No Amazonas, a Igreja Adventista da Promessa(Iapro) recebe o nome de " Convenção Amazônica" e tem 48 templos distribuídos em todo o Estado (Divulgação )
Os seguidores da Igreja Adventista da Promessa (Iapro), proveniente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, vão realizar uma grande convenção em Manaus para marcar os 80 anos da denominação adventista no Brasil. A programação se estenderá por dois dias, 28 e 29 de janeiro, com um culto de comemoração, no auditório da Prefeitura de Manaus, no sábado, e uma carreata, saindo do Templo Central, localizado no bairro Santo Antonio, Zona Oeste, a partir das 9h do domingo. A carreata percorrerá todas as zonas da cidade onde existem templos da igreja.
De acordo com o pastor Alfredo Viana, da Convenção Amazônica da Igreja Adventista da Promessa, a denominação surgiu no Brasil no dia 24 de janeiro de 1932, no Estado de Pernambuco. A igreja foi fundada pelo pastor João Augusto da Silveira, que era seguidor da Igreja Adventista do Sétimo Dia. “A igreja tem uma história de criação muito bonita, surgiu quando o pastor João Augusto acreditou na promessa do batismo com o Espírito Santo e, a partir desta data, pediu seu desligamento do ministério para fundar sua própria denominação”, conta o pastor Alfredo.
 Um ano depois, o pastor pernambucano se desligou oficialmente da Igreja Adventista e, devido ao trabalho que prestou, recebeu uma carta de recomendação, passando a congregar com a família e os irmãos a partir desta data.
O trabalho cresceu e aos poucos foi se expandindo. Três anos depois, a igreja já legalizada, estava disseminada em todo o País. “Trata-se de uma igreja genuinamente brasileira e que hoje já se encontra em 18 países, possuindo uma média de 80 mil seguidores em todo o mundo”, comenta o pastor.
Amazonas
A igreja é organizada no Amazonas como “Convenção Amazônica” e tem 48 templos distribuídos em todo o Estado, dos quais 20 estão em Manaus.
 “Sou promissário de nascença”, comenta o pastor, que tem 41 anos. Ele, que tem formação teológica, integra o grupo de 22 pastores em atuação na Convenção Amazônica da Igreja Adventista da Promessa. A data da fundação da igreja é comemorada pelos seguidores em todo o Pais.
Todos os anos a Iapro realiza convenções com os integrantes de todas as igrejas adventistas da Promessa. “Hoje, a Igreja Adventista da Promessa cresceu muito, até pela questão de estarmos fazendo um trabalho de inclusão social muito intenso”, explica o pastor.
 O Templo Central fica na Avenida Padre Agostinho, 2.347, Santo Antonio. A sede da igreja fica em São Paulo e o site é www.iapro.com.br.